domingo, 19 de fevereiro de 2012

As Palavras Fogem

Transformando o ócio em dança.



Música: As Palavras- Vanessa da Mata

As palavras saem quase sem querer,
Rezam por nós dois.
Tome conta do que vai dizer.
Elas estão dentro dos meus olhos
Da minha boca, dos meus ombros
Se quiser ouvir
É fácil perceber
Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração
Tentei
Rasguei sua alma e pus no fogo
Não assoprei
Não relutei
Os buracos que eu cavei
Não quis rever
Mas o amargo delas resvalou em mim
Não me deu direito de viver em paz
Estou aqui para te pedir perdão
Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração
As palavras fogem
Se você deixar
O impacto é grande demais
Cidades inteiras nascem a partir daí
Violentam, enlouquecem ou me fazem dormir
Adoecem, curam ou me dão limites
Vá com carinho no que vai dizer
Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração


domingo, 5 de fevereiro de 2012

Postagem baseada no texto:
O CORPO EM METAMORFOSE PARA UMA DRAMARTUGIA CONTEMPORÂNEA 1
Roseane Melo dos Santos
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Corpo, dança, contemporaneidade.

As fotos são  do trabalho Living Dance do fotográfo e ex bailarino chinês Yang Wang que vem trabalhando há algum tempo com a nudez em movimento.














 Na história da humanidade os estudos do corpo possuem vertentes e especificidades diversas, desde os
conceitos dos filósofos Gregos às concepções mais contemporâneas, abordando temáticas nos campos da
psicologia, sociologia, fisiologia, estética, tecnologia, antropologia, artístico, dentre outras.
O corpo investigado nesse trabalho é o corpo que dança. Partimos da proposta investigativa de que o corpo que dança na contemporaneidade possui múltiplas possibilidades de transformação e modificação e são dessas transformações que poderão surgir corpos metamorfoseados e ressignificados pelo entrelaçamento de diversos saberes corporais.
Partindo dessa reflexão sobre o corpo que dança na contemporaneidade e as suas metamorfoses destacamos: o corpo do ballet clássico como um corpo disciplinado, o corpo da dança moderna
como um corpo expressivo e o corpo da dança contemporânea como um corpo em metamorfose. Consideramos que a partir do entrelaçamento entre esses corpos é possível resultar uma produção de novos significados e imagens corporais. Compreendemos que existem possibilidades de trabalhar uma organização corporal que faça dialogar diversos códigos de dança e outras práticas corporais que
permeiam a cena atual nas artes cênicas, viabilizando o surgimento de um novo corpo para a dança.
O corpo do ballet clássico é considerado como um corpo disciplinado devido aos seus princípios técnicos e a metodologia disciplinadora. O ballet clássico é uma prática de dança hierarquizada originada das danças da corte na Itália no século XV que posteriormente foi levado para a França. É uma técnica de dança desenvolvida no contexto histórico do Renascimento com um ensino sistematizado em códigos e regras.
Sua linguagem apresenta inúmeras formas estéticas que são executadas através da repetição dos movimentos, buscando a perfeição técnica. O corpo da bailarina clássica do século XVIII era o corpo perfeito em busca dos ideais da beleza romântica, longilínea, linhas clássicas. É o período do ballet romântico marcado pelos contos de fadas, bruxas, do amor impossível, a negação da gravidade através de mecanismos e princípios técnicos que faziam a bailarina parecer que estava flutuando no palco.
Segundo (Pereira, 2003) os bailarinos do período romântico eram divididos em três gêneros de acordo
com as suas características físicas: o bailarino de estatura alta, porte altivo e elegante, com flexibilidade e
habilidades para realizar passos num tempo lento, era o nobre; o de estatura média porte elegante e realizador de passos brilhantes era o galante; e o de estatura baixa era o cômico, rápido, engraçado, sem exigências de ter um corpo perfeito no ideal da beleza romântica.
Nessa divisão de corpos para cada dança, compreende-se que, os corpos são treinados a determinados
padrões de movimentos, um corpo ideal para uma dança ideal, percebe-se então que “a disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos dóceis” (FOUCAULT, 2007: 119).
Um corpo que dança submetido a uma determinada disciplina técnica, pode ter as possibilidades e ampliação dos movimentos restringida e o ato de dançar reduzido a simples reprodução de formas.
Entretanto pode-se pensar que, o ballet clássico no tempo atual, não pode ser visto somente como uma técnica disciplinadora por imitação e repetição de gestos. “O processo de imitação é um aprendizado por semelhança.
Corpos não são iguais, são semelhantes: e o semelhante não é igual” (WACHOWICZ, 2008: 127).
Na dança, a imitação nunca é igual, quando o corpo imita um movimento, ele pensa, recria, se modifica, acontece um diálogo entre o movimento externo visual e o movimento interno do bailarino, que em cada repetição do movimento se transforma no novo.
Pode-se entender que, o corpo que dança na atualidade, não necessita ser dividido pelas suas
características físicas para uma determinada dança, mas construído para transitar por diversas técnicas de dança e abordagens corporais. Faz-se necessário pensar que, para ressignificar um movimento de dança de um corpo atrelado a uma técnica codificada de ballet clássico, alguns aspectos para reflexão são relevantes: o corpo do bailarino clássico do século XVIII não é o mesmo do século XXI, devido a toda sua
transformação ao longo da história, e os diálogos entre várias práticas corporais presentes nas pesquisas em artescênicas pode ser um caminho para um corpo disciplinado transformar-se, ressignificando os seus movimentos e o seu pensar fazer dança na perspectiva contemporânea.
O corpo vem sofrendo modificações no decorrer da história e o corpo em movimentos de dança é um
processo de conquistas e evoluções de cada momento histórico. “Na história, todo novo período criador começa por uma transgressão e uma revolta” (GARAUDY, 1973: 89). Essa revolta pode-se perceber com o surgimento da dança moderna contra a formalidade e artificialidade dos códigos rígidos do ballet clássico. Instaurava-se um momento de um outro corpo, um corpo que poderia dançar com os pés descalços sem negar a gravidade, buscar uma maior liberdade de expressão. A temática coreográfica não falava sobre os contos de fada e sim sobre a condição humana, a dor e as mazelas causadas pela primeira guerra mundial. Com a temática mudada a imagem corporal em cena se apresentava de outra forma, um corpo mais expressivo que, em relação ao corpo romântico era mais expressivo, pela necessidade de buscar uma nova estética, que tinha autonomia e liberdade criativa como palavras temas.
Os artistas responsáveis por essa nova estética na dança moderna, são a pioneira e revolucionária Isadora Duncan, que revolucionou a forma da dança, com uma maneira de dançar “menos padronizada, menos rígida, que pudesse expressar de forma imediata e emocionante sua imensa alegria de viver”
(PORPINO, 2006:30), e as precursoras e importantes figuras Martha Graham , Doris Humprey e Mary Wigman.
Todo o trabalho técnico artístico e de criação deixado por esses grandes nomes da dança são ainda referências para os processos criativos na produção
contemporânea, reorganizados e atualizados para o contexto atual.
Outro grande nome da dança, Rudolf Laban um estudioso do movimento, tem as suas propostas
compreendidas hoje, como uma das referências essenciais para a produção na área de pesquisa em artes cênicas.
Seus conceitos são de grande relevância para o conhecimento da linguagem da dança nas vertentes artística e educativa. Considerando o movimento como principal meio de expressão humana e como forma de  conexão entre corpo e mente, Laban como outros autores de sua época, buscava uma solução para a dicotomia corpo/mente. “A noção de que corpo e mente fazem parte de uma mesma realidade é a base da Arte e Movimento de Rudolf Von Laban” (RENGEL, 2003:13) Ele teorizou o movimento, descrevendo características como, peso, ritmo, forma, postura, direção, nível, plano, uso de partes do corpo ou uso do corpo como um todo. É possível que os bailarinos, compreendendo essa análise de movimento, adquiram uma gestualidade mais conscientes, mais original, desvinculando-se das formas já conhecidas.
Algumas referências que situam a dança contemporânea hoje já haviam sido utilizados por Laban como o
não destacar um bailarino como o melhor, o pesquisar movimentos através de improvisações e a utilização do silêncio em coreografias. Percebe-se que existe nos estudos Laban um diálogo com os discursos contemporâneos, um discurso de um corpo que propõe uma nova estrutura de pensamentos, criação artística e intelectual, “a possibilidade de trazer o novo retomando o antigo, ou seja, a poesia do corpo e a diversidade do ato de dançar tão antiga quanto a própria história da dança”
(PORPINO,2006: 41).
O corpo contemporâneo é um corpo em metamorfose, com formações diversas, pulverizado de saberes e
com diversas identidades sem que seja necessário haver coerência entre elas. O que o faz ser entendido como contemporâneo é o diverso. Na dança contemporânea está presente a diferença, o que faz com que a mesma seja reconhecida como processo híbrido, ou seja, as técnicas e estéticas que permeiam o processo artístico na dança contemporânea pode significar uma época, como também recrutar referências de outros tempos.
Diante das múltiplas práticas corporais híbridas que permeiam o cenário das artes cênicas, é relevante
enfatizar que o intercâmbio entre os processos e as conexões entre os saberes resulta em um maior
amadurecimento dos artistas cênicos, sendo de dança ou teatro, ao pensar o corpo como elemento fundamental da cena.
Faz-se necessário pensar hoje que não se pode ficar atrelado a um pensamento de corpo preso a uma
ordem pré-definida e estabelecida. É preciso que haja abertura para a multiplicidade e para a potência de
transformação dos corpos, propiciando assim, novas espacialidades e temporalidades, outros formatos e
percepções ao corpo que dança para uma nova poética do dançar.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.
Friedrich Nietzsche

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Saúde do bailarino.

Você que está começando a dançar agora, que está voltando das ferias ou tem dúvidas a respeito de como cuidar de seu corpo.


Um bailarino precisa saber como lidar com seu instrumento de trabalho, o corpo.
Se não souber, pode enfrentar sérias complicações. 
* Para evitar aquelas dores chatas nos músculos depois da aula, sempre se aqueça o máximo possível
antes desta. Mas atenção! Não pense em alongar-se bastante! Nunca extrapole seus limites,
pois a aula ainda vai começar, ou seja, você tem muito o que se alongar ainda...
Senão, isso poderá resultar em muita dor de cabeça (e de músculos) depois.
* Após as aulas, se você sentir dores na parte em que se alongou bastante,
como coxa, virilha, panturrilha, compressas de gelo vão bem.
* Se você for tomar banho após a aula, procure tomar banhos quentes, pois seu corpo
ainda está morno pelo exercício, e banhos frios podem resultar em choques térmicos.
* Após exercícios de alongamento, relaxe os músculos, massageando-os ou chutando as pernas para a frente.
Assim o músculo não fica muito "tenso", e nem fica aquela "coisa dura" quando você anda.
* Em casa, se você ainda sente dor em alguma parte de seu corpo, passe pomadas que aliviam a dor, como CATAFLAN EMUGEL®, CALMINEX® e GELOL® . Elas promovem resultados rápidos.
* Atenção! Se nenhum desses itens ajudar para melhorar alguma dor que você esteja sentindo, procure um médico imediatamente. Pode ser um problema sério, como bursite, distensão, contratura etc. 
Cãibra
A cãibra é uma retração involuntária e dolorosa do tecido muscular, que pode comprometer desde uma
pequena parte de um músculo até um grupo muscular inteiro. Pode durar alguns segundos ou minutos.
Causas: a causa mais comum da cãibra nos bailarinos é a fadiga muscular, mas também pode ter
outras origens como o frio e a falta de potássio no organismo, que também é apontada como agente importante.
Tratamento: O alongamento do músculo ou músculos comprometidos.
Fontes de Potássio: água de coco, fígado, laranja, banana, feijão, carne.
Distensão muscular
É a ruptura espontânea de várias fibras musculares causada por esforço, com dor súbita e forte durante o
movimento e que, às vezes, impossibilita que o músculo afetado se movimente. A dor desaparece com o repouso,
mas reaparece com o movimento. Às vezes, pode caracterizar-se pela presença de manchas vermelhas
ou escuras sobre o local comprometido, devido ao sangue liberado pelos vasos sangüíneos na ruptura muscular.
Causas: passos ou exercícios de difícil execução, bruscos ou pesados, feitos sem o devido aquecimento prévio,
são a principal causa da distensão. Os músculos mais freqüentemente afetados são os internos da
coxa e os da panturrilha.
Tratamento: primeiramente, parar com a atividade física imediatamente. Depois, procurar um médico ou fisioterapeuta.
Você pode até aplicar gelo ao redor ou sobre a parte afetada durante 20 ou 30 minutos, fazendo uma
leve compressão e com intervalos de pelos menos uma hora (isso enquanto houver aumento de volume no local,
o que acontece nas primeiras 48 a 72 horas). Após o terceiro dia, deve-se aplicar calor úmido em torno ou
sobre a parte lesada. Isso estimulará a circulação, o que eliminará os produtos nocivos do metabolismo celular,
acelerando o processo de cicatrização. Após o terceiro dia, também pode ser usado o contraste calor-frio, ou seja,
5 minutos de calor para 4 minutos de gelo. Esse tempo vai sendo reduzido gradativamente até um minuto de calor.
Após o desaparecimento da dor aguda, o retorno do bailarino à atividade deve ser feito com aplicação de calor local
durante 10 a 15 minutos antes da aula e aplicação de compressas de gelo também durante 10 a 15 minutos depois da aula. Isso evitará que o edema se instale. Exercícios de alongamento e fortalecimento muscular
devem ser feitos a fim de que a musculatura atrofiada pelo desuso seja novamente preparada para o retorno às atividades normais. Se durante a atividade o local lesado se mostrar mais doloroso do que antes de iniciá-la,
pare, aplique gelo e procure o seu médico ou fisioterapeuta.
Entorse
Ocorre quando o limite fisiológico de uma articulação é ultrapassado. Pode estar acompanhado de distensão,
ruptura total ou parcial dos ligamentos, ou casos mais graves do arrancamento da inserção do ligamento.
Causas: Como a maioria dos entorses na dança acontece nos joelhos e tornozelos, quase sempre as
causas são o piso inadequado que prende os pés enquanto o corpo continua no movimento ou a torção dos
tornozelos em exercícios na ponta ou na meia ponta.
Tratamento: Aplicar gelo sobre a articulação afetada durante 20 a 30 minutos, elevar o ponto
comprometido (se possível, acima do nível do peito) e encaminhar imediatamente ao médico.
Tendinite
Um pequeno esclarecimento: as mãos, os pés, o pescoço e todas as partes que se dobram, ou seja, praticamente
o corpo inteiro está repleto de tendões. Mas, afinal, o que é a tendinite? As palavras terminadas com o sufixo 'ite'
indicam um processo inflamatório. Tendinite é, assim, a inflamação que acontece nos tendões.
Essa inflamação pode ter duas causas.
A primeira são esforços prolongados e repetitivos, além de sobrecarga. Essa primeira causa é bem freqüente nas tendinites do ballet...
A segunda causa é a desidratação: quando os músculos e tendões não estão suficientemente drenados devido à
uma alimentação incorreta e toxinas no organismo, pode ocorrer uma tendinite. A tendinite se manifesta inicialmente
com dores e muitas vezes com a incapacidade da pessoa em realizar certos movimentos. A pessoa pode sentir dores
ao subir ou descer escadas, caminhar, dobrar os joelhos, entre outras posturas ou movimentos. Inicialmente, a
tendinite pode ser confundida com artrite reumatóide. Portanto, há a necessidade de um bom médico para diagnosticar corretamente o problema. Dependendo da natureza e do grau de severidade da lesão, as formas de tratamento vão
desde a indicação de antiinflamatórios até a imobilização do membro afetado (por exemplo, tala ou engessamento).
Em primeiro lugar, porém, é preciso repouso. Após um certo período, a pessoa é aconselhada a fazer fisioterapia,
para acelerar o processo de cura. Uma das técnicas indicadas para a tendinite é a crioterapia, aplicação de
bandagens a temperaturas muito baixas ou bolsas de gelo. Massagens também são indicadas como auxiliares
no tratamento. A aplicação local de corticóides é apenas indicada dos casos mais graves.
No caso de tendinite de origem química, os médicos indicam uma dieta alimentar especial, para prevenir a
desidratação que pode resultar na pouca ou nenhuma lubrificação dos tendões e conseqüente no agravamento da
doença. Essa dieta exige a retirada de alimentos ácidos e graxos, incluindo-se a manteiga e o chocolate e as frutas ácidas. Se a tendinite não for tratada em tempo ou da maneira adequada, ou mesmo se a fisioterapia não for feita
durante o período necessário, pode haver seqüelas. A pessoa não tratada pode sofrer uma ruptura do tendão após um
período de inflamação mal cuidado. Pode continuar com as dores e se tornar incapaz para o trabalho.
Por isso, é importante seguir todos os passos indicados pelo médico para um pronto restabelecimento.
Para prevenir a tendinite, não se deve expor-se a grandes períodos ininterruptos de exercício.
Uma parada, uma pausa por alguns minutos pode significar um ganho em termos de continuidade em médio e longo prazo. Outra coisa para prevenir a tendinite é ter uma alimentação balanceada, evitando a tendinite química.
Por último, vale lembrar que os casos mal curados podem acabar necessitando de cirurgia.
Vale a pena, portanto, se preocupar com a prevenção, onde os gastos e o desgaste emocional são muito menores.
Estiramento muscular
É o alongamento voluntário ou involuntário de um músculo além do seu limite natural. É caracterizado por dor
muscular no local do estiramento no momento em que há o esforço, e desaparece quando se volta ao repouso.
A dor dura em média de 2 a 10 dias, dependendo do caso, e pode desaparecer até mesmo sem tratamento se o
músculo afetado for poupado.
Causas: um movimento descuidado, ou para o qual o músculo
afetado não esteja aquecido ou preparado para executar.
Tratamento: repouso da parte afetada e compressa de gelo.
Retração muscular
É o encurtamento do tecido muscular, restringindo a mobilidade e flexibilidade normais desse músculo.
Causas: o uso da musculatura sem trabalho de alongamento da mesma após o término da atividade física.
Tratamento: exercícios de alongamento antes e após a aula de ballet.
Síndrome Patelo-femoral
É uma condição degenerativa que resulta no amolecimento da superfície articular da rótula. De causa desconhecida,
aparece principalmente nas mulheres jovens e suas conseqüências podem perdurar até a vida adulta.
Caracteriza-se principalmente por dor nas flexões demoradas e nas extensões, quando a estrutura articular amolecida
pode se precipitar dentro da articulação, gerando ruídos durante o movimento, limitando a articulação do joelho
e provocando o aparecimento de sinais gerais de inflamação. Qualquer aluno ou profissional de dança que apresente
tais sintomas deve ser encaminhado ao ortopedista, pois a síndrome patelo-femoral ou condromalácia pode evoluir
para a sub-luxação patelar e até para a artrose, e ser responsável pelo afastamento definitivo da vida profissional se
não for adequadamente tratado.
Unhas encravadas: o que fazer? 
Tem muita gente que sempre ouve falar de unhas encravadas, mas nem sabem o que são. E muita gente que pode
até sofrer com elas e mesmo assim não sabe o que é. A unha está encravada quando parte dela empurra o canto do
dedo do pé. Este dedo torna-se sensível ao tato, vermelho e inchado. Coloque o pé de molho durante 20 minutos
duas vezes ao dia em água morna com um pouco de sabão bactericida. Enquanto o pé estiver de molho faça uma
massagem sobre a parte inflamada da cutícula. Outro cuidado a ser tomado: use uma pomada antibiótica, aplicando-a
cinco ou seis vezes ao dia. Corte o canto da unha. A dor é causada pela fricção da unha contra a cutícula exposta.
Você pode ir em um médico pedólogo que se encarregará de cortar este canto. Será preciso fazer isso apenas uma
vez para facilitar o crescimento da unha sobre a cutícula, ao invés de crescer enterrada nela.
Tente não usar sapatos fechados, calçando sandálias ou mesmo ficando descalço o máximo possível para evitar a
pressão sobre a unha. Quando não tiver jeito, proteja a unha encravada da seguinte maneira:
- Se o lado interno estiver machucado, coloque uma esponjinha (ou gaze, ou algodão)
presa com fita adesiva entre os dedos a fim de evitar que fiquem se tocando.
- Se o lado machucado for o externo (isso só acontece no caso da unha encravada ser a do dedão ou a do mindinho), coloque uma esponjinha (ou gaze, ou algodão) com fita adesiva na parte externa do dedão para evitar que a unha fique tocando a parede do sapato.
Essas medidas também podem ser tomadas durante a aula de ballet. Para prevenir essas indesejáveis, corte MUITO
BEM as unhas, deixando-as retas e evitando os cantos.Procure ajuda médica imediatamente se observar estrias
avermelhadas que se estendem além do dedo, se o pus ou a secreção amarelada não sair em 48 horas de tratamento,
se a cutícula não sarar completamente após 2 semanas ou se tiver outras perguntas e preocupações.
Bolhas 
As bolhas ocorrem quando a pele é friccionada para frente e para trás de encontro ao interior da sapatilha.
A maioria das bolhas causadas pelo trabalho de ponta estoura e há às vezes sangramento. Uma vez que a pele crua
é exposta, a dor de dançar com uma bolha aberta é enorme. É melhor parar de dançar e tender à bolha do que
arriscar-se à piora e à infecção da área. Se algum pedaço de pele morta remanescer na bolha aberta, corte-o fora
com tesoura esterilizada. Cubra a bolha com Merthiolate ou água oxigenada. Exponha a bolha ao ar fresco sempre que
possível. Se você tiver que dançar em sapatilhas de ponta outra vez antes de que a bolha esteja curada,
faça o seguinte: corte um pedaço de uma borrachinha ou um plástico (para isolar a área ao redor da bolha)
e faça um furo no meio deste - um pouco maior do que o tamanho da bolha. Coloque-o em torno da bolha e fixe com
fita adesiva ou esparadrapo. Se necessário, use duas camadas da borrachinha. Dá também para usar gaze.
Se um dedo do pé começar a criar bolhas insistentemente, é aconselhável envolvê-lo com band-aid ou esparadrapo
antes de cada aula. Isto deve impedir que uma nova bolha se forme. 
Calos e endurecimento da pele
Sabe quando a pele fica um pouquinho dura e mais consistente? Isso ocorre geralmente nas juntas dos dedos do pé e
no tendão de Aquiles, onde o pé é mais intensamente friccionado pela sapatilha. A pele nestas áreas pode
avermelhar e amaciar imediatamente depois do trabalho de pontas, mas endurecer-se-á mais tarde. Não se preocupe
com esse endurecimento: ele é até mesmo benéfico para prevenir a formação de novas bolhas.
Já os calos são o resultado da pressão anormal das sapatilhas mal ajustadas e podem ser muito dolorosos.
Os calos duros, no alto dos dedos do pé, podem responder às medicações comerciais ou podem necessitar dos
cuidados de um médico. Os calos macios, que se formam entre os dedos do pé, podem ser tratados somente pela separação dos dedos com algodão ou gaze.
Joanete
Joanete é a inflamação da articulação do dedão do pé causada pela pressão imprópria nessa área.
Deve-se tomar cuidado em ver se as sapatilhas de ponta (e até os sapatos normais) são largas o bastante na parte
da caixa, onde estão as junções do metatarso, e se o pé está colocado corretamente na ponta (os dedos do pé
devem formar uma perpendicular com o assoalho). Para ajudar a aliviar a dor, um espaçador de dedos pode ser
colocado entre o dedão e o "indicador". Isto posiciona corretamente o dedão e impede-o que seja esmagado pelos
outros dedos em um ângulo. Um espaçador de dedos pode ser feito de uma tira de uma polegada (2,5 cm) de papel
toalha. Ela deve ser dobrada em um retângulo pequeno e prendida entre os dedos do pé com fita adesiva ou esparadrapo.


Fonte: Ballet Essencial, Flávio Sampaio
Fonte: http://boasaude.terra.com.br 

O que entende-se por Dança?


A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. No antigo Egito já se realizava as chamadas danças astroteológicas em homenagem a Osíris. Na Grécia, a dança era frequentemente vinculada aos jogos, em especial aos olímpicos. A dança se caracteriza pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculando das particularidades do teatro.
Atualmente, a dança se manifesta nas ruas em eventos como "Dança em Trânsito", sob a forma de vídeo, no chamado "vídeodança", e em qualquer outro ambiente em que for contextualizado o propósito artístico.